"Os
fogos e os fumos do futebol"
A
depressão é cíclica! futebol português está outra vez doente, após
um período de três anos de saúde de ferro. O novo achaque da bola
nacional coincide com um cancro galopante, que se julgava sanado: o
convencimento nacional da inelutável caminhada do F. C. Porto rumo
ao título...
É tão histórico como
primitivo e previsível: basta o F. C. Porto destacar-se na frente do
campeonato, para o país desportivo entrar em profunda depressão. E
logo vem o antidepressivo habitual, ministrado em doses maciças de
fóruns e debates, sempre com os mesmos defensores da moralidade. Os
mesmos de sempre.
Um ministro, que não se revê neste futebol, propõe a cura definitiva: um
código de ética! Certa imprensa aprova-o logo, de olhos fechados,
sem lhe conhecer o teor. Todavia, nem todos os adeptos da bola andam
abatidos: segundo as estatísticas oficiais, a depressão afecta aí
uns seis milhões de portugueses, sem contar com os indefectíveis da
Tasmânia e da Papua-Nova Guiné e com aqueles que, há quatro épocas,
preferiam ser adeptos do Barcelona ou do Real Madrid. Por isso, os
estádios de futebol andam tão vazios. Todos menos um, que regista
médias de assistência a rondar os 30 mil espectadores, o que é
notável, num clube que, como se sabe, tem um número de adeptos
apenas residual .Esse clube vai à frente da Super Liga com 11 pontos
de avanço. É, de longe, a melhor equipa portuguesa e está,
provavelmente, entre as dez melhores da Europa. Também por isso,
talvez por isso, o futebol português está doente. Sejamos claros: a
culpa é do Vítor Baía, do Paulo Ferreira, do Jorge Costa, do
Costinha, do Derlei, do Deco e de outros Postigas, fungos causadores
de arreliadoras e persistentes micoses; a culpa é, também, de José
Mourinho, um poço de bactérias altamente contagiosas.
Caros
amigos espero(sinceramente) não ferir ninguém com este texto apenas
achei engraçado e muito real visto ser este o clube da nossa Cidade.
Deste amigo que tanto vos quer,
Jonas.